quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Pela fé - Moisés (40 anos)

Os versículos 24 a 26 de Hb 11 apresentam o segundo exemplo de fé tirado da vida de Moisés, quando ele estava com 40 anos. Nestes versículos três contrastes ficam evidentes.

a) Fase x Filho – v. 24.
A frase “sendo já grande”, tanto mostra que Moisés já não era mais uma criancinha incapaz de tomar suas próprias decisões (v. 23), quanto mostra que ele estava no auge de sua força física, capacidade intelectual e maturidade varonil (At 7: 22, 23).

Exatamente nessa fase tão dourada, Moisés “recusou ser chamado filho da filha de Faraó”. Esta sua recusa não indica apenas uma questão afetiva (porque gostava de sua mãe biológica não queria ter outra mãe). Indica, sim, uma questão de identificação. Por amar o povo de Deus, não queria ser identificado com as imoralidades e idolatria que caracterizavam aquele palácio.

b) Feridas x Festa – v. 25.
A escolha mencionada neste versículo é uma das mais difíceis e perigosas para uma vida jovem, como a de Moisés, a sua e a minha. Se quisesse, Moisés poderia realizar e desfrutar, sem restrições, de muitas festas, onde o “gozo do pecado” seria o convidado especial. Mas preferiu rejeitá-las.

Não há dúvida de que o pecado tem uma satisfação a oferecer. As bebidas alcoólicas, drogas ilícitas e intimidade sexual antes ou fora do casamento causam alegria e prazer enquanto a mente está entorpecida. Mas este estado de entorpecimento logo passa, e a pessoa que se entrega a essas coisas não demora a descobrir que o gozo do pecado foi “por um pouco de tempo”.

Ao invés disso, Moisés escolheu as feridas que o povo suportava. Nunca é demais lembrar que enquanto feridas causam cicatrizes no corpo, o gozo do pecado deixa sequelas na alma!

c) Fortuna x Futilidades – v. 26.
O que motivaria um homem extremamente rico a abrir mão de todo o seu tesouro? A descoberta de um tesouro ainda maior! E foi isso que Moisés fez. Ele pesou duas riquezas na balança: os tesouros que herdaria do Egito e as riquezas do vitupério de Cristo com sua recompensa. Se ele tivesse escolhido os tesouros do Egito, suas riquezas talvez tivessem durado apenas 120 anos (Dt 34:7). Mas por ter escolhido o vitupério de Cristo, sua recompensa o adorna por toda a eternidade.

Este versículo nos ensina uma verdade impressionante: se o Senhor Jesus ainda não tinha vindo ao mundo, como então Moisés pôde se identificar com o vitupério dEle? O povo que Moisés nasceu e com o qual escolheu sofrer, era o mesmo pelo qual o Cristo viria (Rm 9: 4, 5). Ao se identificar com o povo de Cristo, se identificou com o próprio Cristo.

Do que nos adiantaria sermos filhos de nobres e frequentarmos as melhores festas se, sem Deus, estas coisas são futilidades? Por outro lado, o que perderíamos se na melhor fase da nossa vida escolhêssemos as feridas de Cristo para herdar Sua fortuna?


Pese na balança da eternidade!

Nenhum comentário:

Postar um comentário