Em hebreus 11:9, 10 encontramos mais
algumas importantes informações sobre Abraão. Aqui, pela segunda vez, seu nome
é associado à expressa “pela fé” e a ocasião citada nos faz lembrar o segundo
altar que ergueu. Vamos considerar três coisas que Abraão fez.
Abnegou. “Pela fé habitou
na terra da promessa, como em terra alheia”. Mesmo já habitando na terra
que lhe fora prometida, Abraão não se estabeleceu ali como se fora sua morada
permanente. Ele abriu mão de se envolver nos interesses daquela terra, vivendo
como nômade. Ele não exigiu seus direitos como verdadeiro proprietário. Muito
pelo contrário, viveu “como nada tendo, e possuindo tudo” (II Co 6:10).
Aguardou. Se Deus lhe
prometeu aquele terra, porque Abraão não se acomodou, já que tinha chegado ao
lugar? “Porque esperava a cidade que tem fundamentos, da qual
o Artífice e construtor é Deus”. Ele sabia que Deus havia prometido aquela
terra, mas sabia muito mais que Deus havia preparado uma
cidade! Na terra da promessa, estava disposto a viver por toda a sua vida como
peregrino, mas na cidade que tem fundamentos aguardava para viver pela
eternidade, como cidadão. Quando lembramos que temos uma cidade nos céus, esta
terra onde habitamos se torna um mero e provisório lugar (Fp 3:20).
Adorou. Em Gn 12:8
aprendemos que Abraão armou a sua tenda entre Betel (“a casa de Deus”) e Ai
(“um monte de ruínas”). E neste mesmo lugar ergueu o segundo dos quatro altares
que erguera em sua vida. Em relação a terra, vivia como um peregrino. Em
relação a Deus, vivia como um adorador. Mesmo depois que desceu ao Egito por
causa da fome (um tropeço em sua vida), Deus o fez retornar ao mesmo lugar e se
envolver com a mais sublime das ocupações (Gn 13:3, 4).
Enquanto não chegamos à nossa pátria,
precisamos nos abnegar, aguardar e adorar. Só assim o mundo entenderá que
estamos aqui, mas não somos daqui (Jo 17:11, 16)!
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