O período de namoro é, certamente, um tempo muito
gratificante. É a época quando o casal começa a conhecer os gostos, propósitos
e até manias um do outro. Nesta fase do relacionamento, tudo parece beirar à
perfeição. É quando o tempo passa rápido demais quando estão juntos, e devagar
demais quando estão longe. É quando tudo o que o outro faz se torna a coisa
mais interessante do mundo, mesmo que nenhuma outra pessoa demonstre o mesmo
interesse. É quando se perdoam tão rapidamente que nem parece que chegaram a
discutir.
Apesar destas características especiais, porém, o
namoro não é a fase mais importante no relacionamento de um casal, e nem mesmo
deve ser considerado como “a melhor fase”, como se costuma dizer. Minha esposa
e eu, enquanto namoráveis, dizíamos um ao outro que, apesar de o nosso namoro
ser santo e especial, iríamos trabalhar juntos para que aquela fosse a pior
fase do nosso relacionamento. Isto não quer dizer que iríamos tornar o nosso
namoro numa verdadeira sucessão de desastres e desentendimento. Quer dizer que,
por melhor que fosse nosso namoro, faríamos o possível para que o nosso
casamento fosse muito melhor. E Deus está nos dando a graça para conseguir este
objetivo!
Precisamos admitir, entretanto, que não é uma
tarefa fácil tornar o casamento num relacionamento melhor do que o namoro. No namoro,
os casais tentam mostra um ao outro o melhor que têm de si. Já no casamento, é
impossível esconder o pior que têm de si. E é exatamente este pior que torna as
coisas difíceis e desagradáveis no casamento. O relacionamento de Isaque e
Rebeca, descrito no livro de Gênesis, nos dá uma boa ilustração desta verdade. Apesar
de ser antigo, seus erros e acertos são bem atuais. Repare alguns aspectos
positivos e outros negativos no relacionamento deles:
a)
Exemplos positivos:
·
Direção (Gn 24:7, 27) – foram guiados no início do casamento.
·
Dependência (Gn 25:21) – oraram
a Deus para gerar filhos.
·
Diversão (Gn 26:8) – evidencia
de alegria dentro do casamento.
b)
Exemplos negativos:
·
Divisão (Gn 25: 28) – cada um
preferindo um filho.
·
Decepção (Gn 27:5-17) – um cônjuge
enganando o outro na maturidade do casamento.
Os exemplos positivos e negativos no relacionamento
de Isaque e Rebeca nos ensinam que mesmo
um relacionamento iniciado “no Senhor” (I Co 7:39) precisa de manutenção
diária, para não degenerar. Mas também nos ensinam que, agora casados, os
casais podem alcançar objetivos que eram impossíveis no período de namoro. Agora
podem desfrutar de forma dobrada pelo resultado do seu trabalho, podem levantar
um ao outro quando estiverem desanimados, podem se aquecer nas noites frias e
podem resistir com tripla firmeza quando alguém se levantar para lhes fazer
algum mal (Ec 4:9-12).
De fato, o namoro é bom, mas o casamento é muito
melhor!
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