quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Pela fé - Gideão

Depois de destacar vários nomes e os feitos fiéis dos servos de Deus no passado, o escrito aos Hebreus agora cita mais seis nomes sem dizer exatamente qual ponto de suas vidas está em evidência (Hb 11:32). Para não ir além do que está escrito, vamos apenas tentar relacionar o significado dos nomes a algum feito de fé das pessoas citadas aqui.

O primeiro desta lista (de nomes, apenas) é Gideão. Seu nome quer dizer “cortador, lenhador”. Este significado está intimamente relacionado aos episódios em que ele precisou “cortar” alguma coisa. Veja três exemplos.

a) Relacionado ao culto – Jz 6:25-32. Numa mesma noite o Senhor falou com Gideão duas vezes. Na primeira o encorajou. Na segundo o comissionou. Obedecendo à ordem do Senhor, Gideão derrubou o altar de Baal e cortou o bosque que estava ali. Como resultado disso, parece que seu próprio pai se converteu e iniciou uma volta gradual ao culto a Deus.

b) Relacionado à coragem – Jz 6:27; 7:9-15. Gideão não era um homem valente, como às vezes costumamos pensar. Por medo ele derrubou o altar de Baal e cortou o bosque à noite (6:27), e sentia alguma insegurança diante da multidão de inimigos (7:10). Era um homem de valor (“valoroso” – 6:12), não valente. Seu temor precisou ser cortado, para dar lugar à confiança.

c) Relacionado à conquista – Jz 7:2-7. O número do exército inimigo era extremamente grande. Cerca de cento e trinta e cinco mil homens (8:10). Eram, de fato, como “gafanhotos em multidão; e eram inumeráveis os seus camelos, como a areia que há na praia do mar” (7:12). Este número se contrasta, claramente, com os trinta e dois mil que estavam com Gideão. Mas ele precisou cortar este número ainda mais. Seu exército foi reduzido para dez mil e depois para trezentos homens. Um número insignificante, considerando-se o número das fileiras inimigas. Mas este corte trouxe glória para Deus.

E é desta forma que devemos encarar nossa vida cristã, aqui. Precisamos fazer cortes. É nosso dever cortar tudo o que podemos adorar que não seja o próprio Deus. É nosso dever cortar o medo e falta de confiança nAquele que nos salvou. É nosso dever cortar qualquer coisa que dará alguma glória a nós pelos feitos de Deus.


Nas palavras do salmista, “não a nós, Senhor, não a nós, mas ao Teu Nome dá a glória” (Sl 115:1).

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