quinta-feira, 13 de março de 2014

O ministério dos anjos - sua adoração

Embora os anjos sejam seres superiores a nós (II Pe 2:11), eles não devem ser adorados. Pelo contrário; anjos devem prestar adoração. Repare alguns princípios bíblicos sobre isso (no próximo artigo, se Deus permitir, consideraremos as ocorrências de adoração a anjo no VT):

a) Religião perigosa – Cl 2:18.
A expressão “culto dos anjos”, que Paulo menciona aqui, não significa a adoração que os anjos prestam a Deus, mas sim, a adoração que os homens prestam aos anjos. Falsos mestres estavam propagando o “gnosticismo” (de “gnosis = conhecimento” – uma doutrina que dava ênfase ao conhecimento) e, ao que parece, propagando adoração a anjos. O problema desta doutrina é que não há nada na Bíblia que ensine que os anjos devem ser adorados. Pelo contrário. O que vemos é uma condenação a isso.

Enquanto o apóstolo João estava recebendo as revelações do livro de Apocalipse, por pelo menos duas ocasiões correu o risco de adorar o anjo que lhe guiava (Ap 19:10; 22:8, 9). Diante de tanta revelação impressionante, a reação natural de João foi prostrar-se, mas sabiamente o anjo recusou aquele gesto e repreendeu João por isso.

Pode parecer estranho, mas a intenção por trás do “culto aos anjos” é, na verdade, dar a Satanás a adoração que ele sempre quis receber. Satanás se transfigura em “anjo de luz” (II Co 11:14). Quando foi criado, ele era um querubim (Ez 28:14). Quando estava tentando o Senhor Jesus, sugeriu que o Senhor o adorasse (Mt 4:8-11). A adoração que o Senhor lhe recusou dar, por motivos óbvios, Satanás a recebe daqueles que prestam adoração a anjos.

Tomemos cuidado. Qualquer sugestão de dar a anjos um respeito maior do que o devido, pode ser um sutil convite a uma religião perigosa onde Satanás impera.

b) Responsabilidade posicional – Hb 1:6.
Aqui em Hebreus 1, o escritor está enfatizando a superioridade de Cristo (como já foi destacado num artigo anterior). Na seção onde está o versículo em questão, é mostrado a superioridade de Cristo em relação aos anjos. Sendo o Primogênito infinitamente maior do que os anjos, Deus mesmo ordena que “todos os anjos de Deus O adorem”.

Como vimos, anjos não podem receber adoração. A responsabilidade deles, como sua posição em relação ao Filho exige, é de adorarem incessantemente o Senhor deles – Cristo!

c) Realidade perpétua – Ap 5:11, 12.
Nesta cena emocionante, Deus descortina o futuro e desvenda aquilo que será a realidade perpétua na Sua presença. Seres representantes de todas as esferas adorando o Cordeiro. Os anjos são os primeiros mencionados, mas não são os únicos. Os “animais” (que no contexto do livro de Apocalipse representam a variedade na criação de Deus) e os “vinte e quatro anciãos” (que no contexto deste livro representam os salvos desta dispensação) estão unidos e associados aos anjos na adoração a Deus.


O cenário está preparado – “ao redor do trono”. Os componentes da grande orquestra estão a postos – “muitos anjos… os animais… os anciãos… (um total de) milhões de milhões, e milhares de milhares”. O grande homenageado está presente – o Cordeiro. É chegada a hora – arrebatamento e eventos subsequentes no Céu. Inicia-se a sinfonia: “Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riquezas, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e ações de graças”!

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